terça-feira, 24 de agosto de 2010

História do Caminho Neocatecumenal



O Caminho foi iniciado pelo pintor Kiko Argüello, convertido do existencialismo ateu, e pela missionária Carmen Hernández, ambos espanhóis, na miserável favela de Palomeras Altas em Madri em 1964, sob a forma de formação iniciação catequética e evangelização para adultos afastados, inicialmente dirigida para prostitutas, ciganos e ex-presidiários, maioria entre os habitantes de Palomeras Altas na época.
Inicialmente o caminho neocatecumenal contou com o fundamental apoio do então arcebispo de Madri, Dom Casimiro Morcillo, primeiro prelado a apoiar esta experiência, notando que a pedagogia do caminho ia ao encontro dos novos ideais inseridos da Igreja pelo recém findado Concílio Vaticano II, no qual acabara de participar.
A originalidade do Caminho é ter encontrado uma síntese catequética no estilo dos evangelizadores dos primeiros séculos do cristianismo, válida tanto para os batizados, praticantes ou não, como aos não-cristãos: a centralidade do kerigma, do anúncio de Cristo morto e ressuscitado, e a vivência da fé em pequenas comunidades, cuja finalidade é o amadurecimento na fé e a integração plena de seus membros na paróquia.
O processo se inicia com uma catequização kerigmática, onde se constitui uma comunidade, e conclui, depois de vários anos e várias etapas, com a renovação solene das promessas batismais diante do bispo diocesano, a quem a comunidade se oferece para ajudar nas necessidades pastorais das paróquias.
Assim, primeiras comunidades nasceram em paróquias espanholas de Zamora, Madri., posteriormente no ano de 1967, eram dadas as primeiras catequeses iniciais na paróquia dos Santos Mártires Canadenses em Roma, hoje, porém, o Caminho encontra-se presentes em cerca de 5 mil paróquias dos cinco continentes.
Segundo explicam seus iniciadores, o Caminho responde concretamente a muitas das intuições pastorais do Concílio Vaticano II, como o redescobrimento da Vigília Pascal, a participação evangelizadora dos leigos ou a potenciação dos seminários diocesanos missionários, entre outras. Talvez a mais nova seja o envio de famílias em missão, a pedido dos bispos locais, para promover, junto com um sacerdote, a implantatio ecclesiae naqueles lugares nos quais não existe a Igreja Católica.
Desde seus início do Caminho, as atitudes dos diferentes papas, desde Paulo VI até Bento XVI, foram favoráveis para com o Caminho Neocatecumenal; especialmente João Paulo II, cujo no longo pontificado este Caminho teve seus primeiros reconhecimentos oficiais.
O primeiro foi em 1990, em forma de carta de reconhecimento ao Pontifício Conselho para os Leigos, no qual se definia como “(...)um itinerário de formação católica válida para nossa sociedade e para o homem atual(...)”.
Posteriormente, em 29 de junho de 2002, foram aprovados por decreto deste mesmo Conselho os estatutos do Caminho ad experimentumdurante um período de cinco anos, que conclui com a presente aprovação definitiva.
E, finalmente, em 13 de junho de 2008, o cardeal Stanislaw Rylko, o atual presidente do Pontifício Conselho para os Leigos, entregou aos Iniciadores do Caminho Neocatecumenal, o decreto de aprovação definitiva dos estatutos dessa realidade eclesial ad eternum.

Nenhum comentário:

Postar um comentário